Futebol nas Olímpiadas

 

O futebol masculino foi o segundo esporte coletivo a entrar oficialmente nas Olimpíadas, sendo considerado após o pólo aquático

Brasil bi - campeão nos jogos de Tóquio

O torneio masculino foi se transformando ao longo dos anos. Após a criação da Copa do Mundo, o torneio era disputado apenas por jogadores juvenis ou amadores. A partir de 1996, o futebol feminino também passou a ser disputado, com dominância dos Estados Unidos da América, que esteve presente em todas as finais até 2012 e só não levou o ouro em 2000, perdendo para a Noruega. Na edição de 2016, pela primeira vez, as norte-americanas não disputaram medalhas. Elas foram superadas pela Suécia nas quartas de final, na disputa de penalidades. Com a seleção americana eliminada, e a Noruega fora do torneio, a Alemanha se sagrou a terceira campeã do torneio. Desde que o torneio feminino foi incluído no programa olímpico, nunca houve uma dobradinha - ou seja, o mesmo país conquistar a medalha de ouro tanto no masculino quanto no feminino. O país que chegou mais perto foi a Alemanha, que em 2016 conquistou o ouro no feminino e a prata no masculino. O torneio masculino é a única modalidade olímpica a "restringir" a participação de atletas. Isso porque a FIFA teme que o torneio olímpico de futebol possa competir em importância com a Copa do Mundo. Por outro lado, o Comitê Olímpico Internacional tem receio que as outras competições entrem em caráter secundário para a mídia, ofuscadas pelas grandes estrelas dos gramados Além disso, o Torneio Olímpico de Futebol não consta como uma Data FIFA, o que significa que os clubes não estão obrigados a liberarem seus jogadores para a competição. Assim, até os Jogos de 1984, em Los Angeles, somente atletas amadores (para a FIFA, "atleta amador" seriam os que não recebiam reembolso por tempo de afastamento) poderiam participar, o que acabou gerando uma vantagem para os países socialistas do Leste Europeu, já que os jogadores nesses países eram, oficialmente, militares (e, portanto, amadores). Assim, essa era do torneio de futebol olímpico ficou conhecido como "amadorismo de fachada". Atletas notórios nesse desporto, como Pelé, por exemplo, jamais puderam participar dos Jogos Olímpicos por conta dessa restrição. Nos Jogos de Seul, em 1988, foi-se permitido levar jogadores que eram profissionais, mas que nunca haviam disputado a Copa do Mundo FIFA. Já a partir de Barcelona-1992, o torneio passou a ser disputado por atletas sub-23, com a permissão da convocação de até 3 atletas com a idade acima desta, independente de terem ou não disputado Copas do Mundo. Pierre de Fredy, o Barão de Coubertin, recriador das Olimpíadas, era defensor ardoroso do amadorismo. Assim, no começo, o futebol nas Olimpíadas era disputado apenas por jogadores amadores. O futebol que ainda dava os primeiros passos na sua internacionalização, não fez parte dos primeiros jogos da era moderna, disputados em Atenas.

😊Festa brasileira na primeira conquista do ouro no futebol

 Segundo alguns relatos, na primeira edição dos Jogos, disputou-se um torneio não oficial na capital helénica, onde uma equipa de Atenas perdeu a final para uma equipa de Esmirna, que representava o então Império Otomano. Mas a historiografia oficial do movimento olímpico tem sérias reservas relativamente à real existência de tal encontro.Desta forma, o futebol foi introduzido nas Olimpíadas de Paris, em 1900, mas como esporte de exibição. Em St. Louis 1904 também fez parte do programa olímpico, mas ainda como exibição. Nos Jogos Olímpicos Intercalares de 1906, o futebol também teve o mesmo tratamento. Estas competições foram disputadas por clubes, universidades e seleções de cidades ou regiões, não tendo o reconhecimento oficial da FIFA. A ausência de informações dessas competições nos arquivos online da FIFA também pode ser lida como uma forma de não validar essa competição antes de sua fundação, que aconteceu em 1904. O COI, porém, mais tarde reconheceria estas medalhas como oficiais. Somente em Londres 1908 o futebol passou a fazer parte de fato do programa olímpico. Desde então, o esporte só ficou de fora da disputa das Olimpíadas nos Jogos de 1932, em Los Angeles. Com o estabelecimento da Copa do Mundo, em 1930, começou o profissionalismo no futebol. A FIFA não autorizou a realização do torneio olímpico nos Jogos de 1932, e a partir de 1936 as seleções olímpicas só poderiam relacionar seus melhores atletas se estes fossem amadores (para a FIFA, "atleta amador" seriam os que não recebiam reembolso por tempo de afastamento). O torneio olímpico de futebol passou a ser, portanto, uma competição de seleções restritivas. Isto acabou gerando uma vantagem para os socialistas do Leste Europeu, já que os jogadores nesses países eram, oficialmente, militares (e, portanto, amadores). Assim, estes países enviavam aos Jogos Olímpicos suas seleções principais (o que ficou conhecido por "amadorismo de fachada"), ao passo que os países ocidentais eram forçados a mandar equipes amadoras ou de juniores.[8] Muitas seleções passaram a não participar do torneio de futebol por alegar que o futebol profissional havia ganhado espaço em seu país e, por tal fato, não teriam condições de enviar uma seleção competitiva para a disputa. Desta forma, não é de estranhar que a lista de campeões olímpicos entre 1952 e 1980 só inclua países que ficavam na chamada "cortina de ferro": União Soviética (1956), Iugoslávia (1960), Hungria (1964 e 1968), Polônia (1972), República Democrática Alemã (1976) e Checoslováquia (1980). Entre Londres 1948 e Moscou 1980, 23 das 27 medalhas olímpicas foram conquistadas por países socialistas, cabendo a Dinamarca, Suécia e Japão as únicas exceções. O "amadorismo", no entanto, não impediu o desfile de grandes craques pelos campos olímpicos. Um deles foi Ferenc Puskás, que, ao lado de outros grandes jogadores como Zoltán Czibor e Sándor Kocsis, comandou os húngaros em Helsinque dois anos antes de brilhar na Copa da Suíça. Quatro anos mais tarde, os soviéticos venceram com Lev Yashin guardando a meta. Para os Jogos Olímpicos de Roma em 1960, a FIFA tomou uma decisão inédita: estava proibida, além dos atletas profissionais, a participação dos jogadores que haviam disputado a Copa do Mundo da Suécia de 1958. Essa determinação foi apresentada como forma de salvar o torneio olímpico e, consequentemente, restringir o acesso dos atletas pertencentes aos países que não reconheciam o profissionalismo (União Soviética, Suécia, Tchecoslováquia e Hungria) e tinham um grande êxito nessa competição. Um destaque negativo dessa época aconteceu em 1968: a desistência da seleção de Marrocos, que se recusou a jogar após ser sorteada para o Grupo C, que também tinha Israel. A equipe marroquina foi substituída pela seleção de Gana. Desde os Jogos de 1992, em Barcelona, somente jogadores com menos de 23 anos podem disputar as Olimpíadas no futebol masculino. Quatro anos depois, outra regra foi introduzida e três jogadores acima dos 23 anos podem fazer parte da equipe olímpica. Assim, o torneio olímpico passou a ser uma espécie de complemento para outros de base geridos pela FIFA, como os Mundiais Sub-20 e Sub-17. Este novo formato permite que, em tese, as equipes de todo o mundo possam competir de forma igual. Os países africanos, porém, acabam se aproveitando desta regra (assim como nos outros campeonatos de base), muito por conta das adulterações de idade, que acabam fazendo com que atletas se sobressaiam fisicamente.[20] Por conta disso, desde então é comum ver resultados expressivos para algumas seleções africanas no torneio olímpico. Não por acaso, 1992 entrou para a história por conta da primeira medalha de um país africano: Gana faturou o bronze após vencer a Austrália. E nos dois torneios seguintes (1996 e 2000), Nigéria e Camarões, respectivamente, conquistaram a medalha de ouro. No atual quadro de medalhas do futebol olímpico a Hungria lidera com tres medalhas de ouro, em segundo lugar vem os britânicos com tres de ouro, a Hungria está no topo por ter duas medalhas no geral, sendo cinco com três de ouro, uma de prata e uma de bronze. O Uruguai é um dos maiores campeões do futebol olímpico com duas medalhas de ouro.  O Uruguai participou pela primeira vez dos Jogos Olímpicos em 1924, e enviou atletas para competirem em todos os Jogos Olímpicos de Verão desde então,  excepto quando ele boicotou os Jogos de 1980. O Uruguai participou de uma edição dos Jogos Olímpicos de Inverno, em 1998.  

Celeste Olímpica: A FIFA entende a Seleção Uruguaia como tetracampeã mundial, reconhecendo os dois Jogos Olímpicos organizados pela entidade antes desta criar a Copa do Mundo e por isso o emblema uruguaio ostenta orgulhosamente as quatro estrelas.



Brasil: O Brasil vem na terceira posição no quadro de medalhas do futebol olímpico com duas de ouro, três de prata e duas de bronze, a Argentina está em quarto lugar com duas de ouro, totalizando quatro medalhas conquistadas.

Vexame Verde e Amarelo: A seleção brasileira de futebol não se classificou para os Jogos Olímpicos de Paris. O futebol masculino brasileiro está fora da próxima edição dos Jogos Olímpicos, vale lembrar que oo Brasil é o atual bi - campeão olímpico na modalidade mais popular do planeta.

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