Um sujeito desengonçado, trigueiro, cabecorra, pés de pato, intrépido e trôpego, tudo isso num mix, em uma só pessoa - nordestino, João Nepomuceno Bezerra Andrade, ou João Furão, apelido que herdara em um jogo lá no Filadentrão - Vidigal, onde teria desperdiçado cinco cobranças penais, em único prélio, contra um goleiro ''mão de alface'' chamado de ''Patusca Mão de Onça'', um mão de alface qualquer, seu apelido era ''Mão de Onça''... mas falemos de Furão; essa figura folclórica e alegórica, impoluta, ilibada, insigne, mas nunca um ''macambúzio, pelo menos nunca fora um do tipo mal - humorado dentro das quatro linhas, ele era o rei trapizonga, shakespeariano para uns e para outros, como pra esse blogueiro ou pra você, Furão era de aspecto teatral; um Hamlet, Otelo ou um Macbeth sem trono, tudo isso e nada disso, tudo junto dentro de um homem só; corpanzil, a cabeçorra oblonga ou ''cabeça de jaca'' que lhe dava ainda mais peso, os pés suportavam os mais de oitenta e cinco quilos de pura habilidade com os pés, e por falar neles: número 46.👽👈
👉Muito antes de Quaresminha, Barbieri e Valdiram, o futebol cianortense teve uma grande estrela; cômico, severo, altivo e jovial, tudo isso de uma vez, em uma única pessoa; era quase perfeito com a bola nos pés, nunca levou um cartão vermelho, amarelos foram doze segundo as estatísticas de seus biógrafos. João Furão foi um ídolo do futebol ''varzeano - rural'' da não menos provinciana e varzeana Cianorte dos idos dos 60, Furão fora equiparado por um narrador de Rádio a Coutinho, o companheiro de Pelé no super - ataque do Santos bi mundial.
👉😒Nesse artigo falamos de um insigne que deveria ostentar uma homenagem póstuma lá na calçada da fama, aquela que nos leva ao Albinão. Furão por mais que tenha sido um atleta - rural, restrito ao terrão ''ruralesco'' dos sábados e domingos, nunca defendeu o seu time de coração, o C.A.F.E, acrônimo de Cianorte Associação Física Educativa, o primeiro time profissional de Cianorte. É claro que todos os seus fãs esperavam um dia vê - lo em ação num time profissional, quiçá no time de sua cidade, mas como as histórias as vezes nos surpreendem, João Furão um dia abandonou as chuteiras pretas número 46 e voltou pra sua terra, a baixa da palha, num ponto equidistante da Catingueira que faz a confluência com o majestoso Jaguaribe na altura do planalto da catinga da mulata no Ceará. E assim foi e deixou gravado antológicos gols e dribles, nas retinas daqueles que o viram massacrar zagueiros e goleiros; não há câmera que tenha registrado as suas epopeias de várzea - ''ruralesca'', imagens apenas estão registradas nos cérebros dos que viram seus gols de falta; por falar neles, Furão marcou ''seis'' gols de falta em um único jogo, e o primeiro dos seis saiu aos 34 minutos da segunda etapa, salvando o Mandiocal de uma goleada de 5x0, em pleno campinho do pau grande em Buriti, uma dequelas localidades imperturbáveis do interior, Buriti fazia parte da atual região de São Carlos do Ivai, lá nos finais da década de 50 assistir um jogo no Buriti era a melhor escolha para uma tarde de domingo; hoje não há ninguém que conheça ou conheceu aquelas plagas, o tempo passa, as pessoas se vão e ficam as lendas, nem o nome do local foi preservado pelos habitantes. Voltando ao jogo: Placar final no Buriti: ''5x6'' para Furão e tristeza para o time local, esse é um dos mais de cem feitos que fazem de Furão o ''nosso''craque local do século XX.
👉😕Uma pena é que a FIFA não reconheça feitos de várzeas ''ruralescas''👽
👉😝Furão existiu mesmo ? Ou é uma lenda, como a dos super heróis ? (!)...............
✌-Magno Moreira da Silva é radialista aposentado, sem dinheiro no exterior e sem amigos importantes, é alérgico a pessoas quizilentas, blogueiro desde 2007, é torcedor do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e entusiasta do bom futebol, é cianortense - Pr, 1973, pai da Jessica e da Emanuelle ....( a primeira palmeirense e a segunda corintiana )? ? e é filho de um baiano corintiano e neto de um paulista também corintiano ... membro de uma família que só tem corintianos, desde os 37 tios e 63 primos, o cunhado, Marcelo, vem de uma nobre família de imigrantes alemães bávaros, badenses e suábios; todos corintianos!
- Uma das irmãs, o urologista, a esposa e a cunhada torcem pelo Flamengo, tem até tio atleticano PR, pai de santo Flu - Fluzão, fisioterapeuta [a/o] corintiano, psiquiatra torcedor do Gurupi TO, dentista são-paulino, dono da padaria é Londrina, o oftalmo vascaíno, acupunturista santista, o cachorro é corintiano, gato santista, neurologista ateticano PR, dona da banca é Portuguesa, o locutor da Rádio é Colorado, um dos primos lá de Pinhais é paranista, camundongo botafoguense/RJ, açougueiro - Guarani/ SP, pastor são-paulino, padeiro é lusa do Canindé, time do galo despertador é ''galo'' - evidente, vizinha boa é Flamengo, vizinho da frente palmeirense doente, do lado santista, dos fundos pontepretano, tia cruzeirense, vigia é tricolor - esquadrão de aço - BA ''minha Porra'' o prefeito é Corintiano, vereador também Corintiano - ''só para não contrariar o prefeito'' deputado é Palmeiras, o entregador do lanche: Ituano, Papa é San Lorenzo, caixa do banco é Coritiba, o barbeiro bonachão torce pelo Londrina EC, o futuro presidente é corintiano, atual é botafogo no Rio e Palmeiras em SP, no Paraná torce pelo Operário, em Brasília pelo Gama, o resto todo mundo já sabe!..👉🎃 👽👈
👉😜Há aqueles que garantem que Furão era ainda melhor do que Coutinho, o artilheiro da Vila Belmiro. Nos tempos do amadorismo do futebol cianortense, tivemos um selecionado rural que fez diversas apresentações nos campinhos espalhados por todas essas plagas do entorno da zona rural de Cianorte, esse time era chamado de Mandiocal, ele atuava desde a zona leste, passando pelo Vale do Ivai, Três Vendas, Pala, o Anhagabaú, Filadentrão, Serraria - Zona cinco e adjacências limítrofes, esses times das roças surgira a partir do ano de 1956 em todo Vale do Ivai; estamos falando agora de um time específico que é considerado um dos pioneiros times do futebol ''ruralesco'' de Cianorte, mesmo que ainda num período amador; o motivo de darmos ênfase ao ''esquecido'' Mandiocal é por este ter tido como integrante ninguém mais e ninguém menos que João Furão, ídolo do nosso esporte bretão ''ruralesco'', Assim o Mandiocal está para Furão como o Santos está para Pelé, ou Zico e Flamengo, Palmeiras e Da Guia Esse time era de perfil''ruralesco'' e uma de suas formações mais importantes tinha o seguinte escrete: Gordão, Baruc, Fimoze, Bope, Flecha de Prata, Bornáu, Licurgo, Paulo maluco, Furão, Mortandela e Jorjão Delegado.
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| 👉🎃Furão ''está por aí'', perdido entre os atletas que fizeram história no futebol do Vale do Ivai, mal sabia que um dia se tornaria lenda do nosso futebol amador (e varzeano - ruralesco)👽👈 |
João Furão, o primeiro grande ídolo do nosso futebol, marcou quatro gols olímpico num só jogo, o referido prélio foi no final da década de 50 entre Cianorte x Campo Mourão, em 1956, no campo da Peneira, vitória cianortense por 7x3. Furão viera do noroeste para o Paraná na carroceria de um vistoso Chevrolet 1950, depois de mais de 11 horas de viagem, que pode muito bem ser considerada uma verdadeira epopeia, Furão aqui fincou raízes (Cianorte). O referido ''atleta'' é o pai do cantor e compositor Charles Nascimento, autor do hit bicicicleta envenenada.
👉PS: A façanha dos quatro golaços foi validada após minuciosa decisão do BAR, o VAR da época.
👀Pesquisa - Magno Moreira em 2011
👉😖O termo ''ruralesco'' não existe no vernáculo pátrio e foi criado por esse blogueiro justamente para o presente artigo, estando (e porque não ?") como postulante a ser considerado um dia um tipo de neologismo.