Lendário goleiro brasileiro representou o Brasil em uma Copa do Mundo, tinha como marca os dedos marcados pelas inúmeras fraturas sofridas durante a carreira
O pernambucano Haílton Corrêa de Arruda foi um dos maiores goleiros do Brasil. Desde 1957, completou uma bela travessia pelos anos dourados do futebol brasileiro e deixou os gramados aos 45 anos, junto com o futebol arte, no ano de 1982.
Quando o gol ficava pequeno os holofotes do maracanã serviam de referência e o céu era o limite para mais uma defesa brilhante. E claro, sempre sem usar luvas. - Nunca tive medo, sempre era assim. Valente. Sempre assim.
Não gostava de agarrar com luvas porque elas não me passavam confiança. Nessa época as luvas não eram tão boas. Eram muito grossas e ficavam frouxas nos dedos. Eu esfregava a minha mão na terra para sentir mais segurança, principalmente nos dias que chovia e a bola escorregava.
Eu quebrava meus dedos no treinamento, os médicos me engessavam e o técnico começava a me tirar do time. Mas eu jogava assim mesmo. Essa é a sua profissão, você tem que se meter em qualquer lugar. Pode quebrar a cabeça, os braços, mas tem que defender a bola.
Haílton Corrêa de Arruda, mais conhecido como Manga (Recife, 26 de abril de 1937) Manga foi, segundo a crítica especializada, um dos melhores goleiros da história do futebol brasileiro. É o jogador brasileiro que tem o recorde de participação em edições na Copa Libertadores.
Prestou serviços de ídolo (embaixador) em festas de consulados e também exerceu a função de supervisor de treinadores de goleiros do Sport Club Internacional, até 2012. Depois de viver no Equador, a partir da década de 1980, passou a viver no Uruguai, muito bem recebido por torcedores do Nacional Atlético Clube onde jogou, lá conquistou quatro títulos do Campeonato Uruguaio, uma Libertadores e um Mundial. Durante sua passagem pela equipe uruguaia, o Nacional ficou 16 jogos invicto no clássico com o Peñarol.
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Pesquisa - Magno Moreira