O dia em que o Grêmio de Maringá jogou um amistoso diante do glorioso e temido Santos de Pelé

O  natal  já passou e o meu amigo Marcão do Cartório publicou no facebook o registro de um dos presentes de natal em que foi contemplado nesse ano de 2018, um livro a respeito da história do futebol profissional da Cidade Canção, e no livro não podia faltar um capitulo interessante da história do antigo Grêmio de Esportes Maringá, quando o time maringaense jogou um amistoso diante do glorioso Santos de Pelé .


GRÊMIO 1 X 11 SANTOS, em 16/05/65, no livro A História do Futebol Profissional de Maringá (Reginaldo Lima e Tilinho). 

O futebol de Maringá era outro, ainda assim, o Santos tem boas lembranças da cidade paranaense, na época a principal equipe maringaense era o Grêmio Maringá, que enfrentou o Santos em 16 de maio de 1965, em jogo que festejava o aniversário da cidade. E, diante de um público estimado em 30 mil pessoas, o ataque alvinegro fez a festa com o placar de 11 a 1 – com nove gols somente no segundo tempo. 

Roderley Geraldo de Oliveira era quarto zagueiro do Grêmio Maringá e teve a responsabilidade de marcar Pelé neste amistoso de 1965, com a lembrança viva na memória de ter ficado “tonto”. – É uma partida que ficou na história, né? Não a partida em si, mas o resultado ficou elástico. Tinha o combinado de que não poderíamos fazer falta nos jogadores do Santos, e nós cumprimos essa determinação. 

Obviamente, se jogássemos para valer, dando no meio deles, já iríamos tomar um monte. Assim, deixando Pelé e Coutinho jogarem, Deus me livre. Foi uma catástrofe, perdemos, mas para um time que o mundo conhece como o melhor que já existiu na face da terra – recordou certa vez o ex-jogador, que segue residindo em Maringá. Paulistano do bairro do Ipiranga, Roderley já conhecia Pelé de outras goleadas, pois havia defendido o Nacional, time modesto da capital paulista. – Eu conversei com ele no princípio do jogo. 

Fui categórico em dizer para ele ficar tranquilo, que ninguém iria bater, ninguém iria fazer falta. Mas eu já tinha enfrentado o Pelé no futebol de São Paulo, aquilo não era novidade para mim. Já tinha levado outras goleadas. No placar geral, acho que perco por uns 80 a 8 – brincou. Agora, mais de cinco décadas depois, o que ficou registrado para história do esporte do noroeste do  Paraná foi o placar de 11x1 em favor do time paulista.

Pesquisa - Magno Moreira
Pauta - Marco Antônio De Paula Franco