Hamilton faz história na F-1 em grande ano também para Márquez e Dixon

O britânico Lewis Hamilton entrou em 2018 para o grupo de pilotos que conquistaram cinco títulos do Mundial de Fórmula 1, em ano de confirmação de hegemonias como a do espanhol Marc Márquez, na MotoGP, e do neozelandês Scott Dixon, na Fórmula Indy, e da cruzada do espanhol Fernando Alonso para virar uma lenda dos esportes a motor. Assim como aconteceu na temporada passada da F-1, o dono do carro número 44 da Mercedes e o alemão Sebastian Vettel, protagonizaram a briga para terminar em primeiro na tabela, ambos, em busca do penta. 

Na primeira metade do ano, o titular da escuderia italiana foi dominante. A virada começou, justamente, no Grande Prêmio da Alemanha, em Hockenheim. Hamilton venceu, viu o rival abandonar e assumiu assim a liderança. A vitória foi a primeira de oito nas últimas 11 provas do campeonato. Ao todo, foram 252 pontos conquistados, contra 149 do vice. Curiosamente, o britânico assegurou o troféu quando não ganhou uma corrida, no GP do México, no qual ficou com o quarto lugar - Vettel terminou em segundo. Com isso, o campeão também das temporadas de 2008, 2014, 2015 e 2017 se igualou ao argentino Juan Manuel Fangio e ficou a duas taças do alemão Michael Schumacher. 

Embora tenha conseguido fazer o finlandês Kimi Raikkonen terminar em terceiro lugar no campeonato de pilotos, a Ferrari não conseguiu impedir o quinto título consecutivo da Mercedes entre os construtores, com 655 pontos, 84 a mais que o time italiano. Neste ano, o Brasil voltou a não ter piloto na F-1, mas teve a notícia da chegada de dois jovens promissores à categoria. Pietro Fittipaldi, neto de Emerson Fittipaldi, que correu o campeonato da Indy Lights e a Fórmula Indy, será piloto de testes da Haas; e Sérgio Sette Câmara, sexto na Fórmula 2, testará para a McLaren. 

Na MotoGP, Marc Márquez chegou ao quinto título na principal categoria do Campeonato Mundial de Motovelocidade, ficando atrás dos italianos Giacomo Agostini, que tem oito taças, e Valentino Rossi, que está com sete. O espanhol, que ainda foi campeão da Moto2 e Moto3, igualou o australiano Mick Doohan. Em 2018, o "Formiga", guiando moto da equipe Honda, não deu chance aos adversários, vencendo nove das 18 etapas realizadas - o GP da Grã Bretanha foi cancelado por causa do mau tempo - e terminando o campeonato com 321 pontos, contra 245 do italiano Andrea Dovizioso, da Ducati. 

O ítalo-brasileiro Franco Morbidelli, da Marc VDS Honda, foi o melhor estreante da temporada, ao marcar 50 pontos. Já o brasileiro Eric Granado, que correu pela Forward Suter no campeonato da Moto2, só participou das dez primeiras temporadas e acabou dispensado. Na competição secundária, conquistada pelo italiano Francesco Bagnaia, da VR46 Kalex, aconteceu a cena mais impressionante do ano. 

O também italiano Romano Fenati, da Snipers Kalex, puxou deliberadamente o freio dianteiro do compatriota Stefano Manzi, da Forward Suter, durante disputa por posição no GP de San Marino. Com isso, acabou suspenso por duas corridas, inicialmente, e ainda teve contrato rescindido com a escuderia, além de perder acordo para a próxima temporada, com um novo time. Depois, o jovem ainda teve a licença para pilotar caçada pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM). Na Fórmula Indy, Scott Dixon, da Chip Ganassi, sagrou-se campeão pela quinta vez, ficando atrás apenas do americano A. J. Foyt, na lista de campeões, considerando todas as eras da competição. 

Únicos brasileiros regulares na temporada, Tony Kanaan foi o 16º colocado, e Matheus Leist terminou dois postos abaixo. Diferente do que aconteceu no ano passado, o espanhol Fernando Alonso não disputou as 500 Milhas de Indianápolis, vencida em 2018 pelo australiano Will Power. O veterano, que se despediu da Fórmula 1, ao menos temporariamente, neste ano, já anunciou que voltará na próxima edição. A busca é de conquistar a Triplíce Coroa do automobilismo, com vitórias na mítica prova americana, no Grande Prêmio de Mônaco de F-1, e nas 24 Horas de Le Mans, na França, que ganhou neste ano, ao lado do suíço Sébastien Buemi e do japonês Kazuki Nakajima. 

O trio, inclusive, vira o ano na ponta do Mundial de Endurance (WEC). Na principal prova de resistência do planeta, o Rali Dacar, os espanhóis Carlos Sainz e Lucas Cruz, a bordo de carro da Peugoet, levaram a melhor. Entre as motos, o vencedor foi o austríaco Matthias Walkner. Nos caminhões, ganharam os russos Eduard Nikolaev, Evgeny Yakovlev e Vladimir Rybakov. Os brasileiros Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin, por sua vez, foram os campeões na categoria utilitário (UTV), disputada pela segunda vez e que, em 2017, também havia tido o Brasil no alto do pódio, com Leandro Torres e Lourival Roldan. No dia 18 de novembro, aconteceu um dos acidentes mais espantosos do ano, envolvendo a alemã Sophia Flörsch, durante o Grande Prêmio de Macau de Fórmula 3, prova voltada para promessas do automobilismo. 

A piloto decolou e se chocou contra estrutura montada para o trabalho de fotógrafos. A jovem, de 18 anos, chegou a correr risco de sofrer fortes sequelas, passou por cirurgia, mas, passa por processo de recuperação e promete voltar ao automobilismo ainda em 2019.

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