Não há dúvidas
de que 2017 foi um ano especial para a Seleção Brasileira principal.
Classificação antecipada para a Copa do Mundo, primeiro lugar na tabela das
Eliminatórias Sul-Americanas para o Mundial e números expressivos marcaram a
trajetória da equipe comandada por Tite. Um deles, por sinal, entra para a
história da Canarinho: a defesa menos vazada de todos os tempos.
O levantamento
da CBF levou em conta todos os anos em que o Brasil entrou em campo mais de
três vezes para enfrentar seleções. Nesta comparação, 2017 fica à frente dos
demais anos com uma média de 0,36 gol sofrido por jogo. Foram quatro em 11
jogos.
– É um número
interessante, mas é importante ressaltar: construímos esta solidez defensiva
através de um sistema onde todos trabalham de forma conjunta. Temos como
proposta a busca incessante pela retomada da posse de bola e de um jogo
sustentável com a participação de todos – comentou o técnico Tite.
Os anos que
mais se aproximam desta marca são 1974, com 0,37 de média, e 1977 e 2006, ambos
com média de 0,38. No primeiro, o Brasil enfrentou 16 seleções e sofreu apenas
seis gols. Já nos outros dois foram 13 jogos contra outros países e cinco gols
sofridos.
Outros anos
merecem destaque pois apresentam médias abaixo de 0,5. São os casos de 1952
(0,4), 1972 (0,4), 1978 (0,41), 1989 (0,47) e 1994 (0,46). Ficaram de fora
desta análise os anos de 1984, 1964, 1921, 1920, com apenas três jogos; 1948,
1947, 1944, 1939, 1934 e 1914, com dois jogos cada; 1936, 1932 e 1931, com um
jogo em cada ano; e 1951, 1943, 1941, 1935, 1933, 1929, 1928, 1927, 1926, 1924,
1918 e 1915, todos sem jogos disputados.
A confirmação
de que 2017 foi um ano fora da curva em termos defensivos vem com a análise da
média histórica. Somando todos os jogos da Seleção Brasileira contra outros
países, ao todo foram 957 partidas. A rede do Brasil balançou em 881 vezes, o
que resulta numa média de 0,92 gol por jogo.
CBF