(Reuters) - O presidente da Fifa, Gianni Infantino, disse que racismo não será tolerado na Copa do Mundo da Rússia, no ano que vem, acrescentando que árbitros terão o poder de parar ou até mesmo abandonar partidas caso aconteçam incidentes discriminatórios.
Diversos jogadores, incluindo o brasileiro Hulk, ex-atacante do Zenit São Petersburgo, expressaram preocupações de que o racismo pode arruinar o torneio, dizendo que tais incidentes são características regulares em jogos da liga doméstica do país. Infantino disse em um vídeo que antidiscriminação é uma “prioridade alta” para a Fifa, e que a organização irá lidar firmemente com ofensas.
“Nós iremos garantir que nenhum incidente aconteça e... nós temos pela primeira vez em uma Copa do Mundo o chamado procedimento de três passos, no qual um árbitro pode parar um jogo, ou até mesmo abandonar um jogo, caso haja incidências discriminatórias ou racistas”, acrescentou. “Nós seremos muito, muito firmes nisto, então podemos esperar fair play na Rússia”. Infantino, que foi eleito presidente da Fifa em fevereiro do ano passado, também disse que tecnologia terá uma grande função no torneio, embora uma decisão final sobre uso de árbitro assistente de vídeo (VAR) só vá ser tomada no próximo ano.
O VAR, que envolve autoridades assistindo ao jogo remotamente e chamando a atenção do árbitro da partida para erros oficiais ou incidentes sérios perdidos, já está sendo usado nas primeiras divisões na Alemanha e na Itália.
“Eu acho que é absolutamente normal que em 2018 nós possamos explorar e ver como nós podemos ajudar o árbitro e a equipe a tomar a decisão certa”, disse Infantino. “Então árbitro assistente de vídeo é um tópico que será decidido em março do ano que vem, mas a experiência até o momento tem sido extremamente positiva para ajudar o árbitro a não cometer grandes erros, que obviamente um ser humano pode cometer”.
A tecnologia de linha do gol será usada durante a Copa da Rússia, acrescentou, tendo sido usada pela primeira vez na Copa do Mundo do Brasil, em 2014.
Reportagem de Simon Jennings, em Bangalore/ Reuters