CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - A Williams, patrocinada pela
empresa de bebidas Martini, disse que considerações sobre idade não serão
cruciais para decidir quem corre pela equipe na próxima temporada, após seu
piloto de 18 anos, Lance Stroll, ter que vestir a roupa da equipe sem a marca
alcoólica no Japão neste mês.Tem sido amplamente falado nos bastidores da
Fórmula 1 que a equipe precisa de alguém com mais de 25 anos para questões
publicitárias, dado que o novato canadense Stroll deve permanecer. Stroll, cujo
atual companheiro de equipe é Felipe Massa, de 36 anos, teve que correr sem a
marca de álcool em seu uniforme no Grande Prêmio do Japão porque não possui
idade legal para beber. Se ambos os pilotos não possuíssem idade suficiente,
isto causaria uma dor de cabeça para os patrocinadores.
No entanto, o chefe
da equipe técnica, Paddy Lowe, disse a repórteres no Grande Prêmio dos EUA, no
fim de semana passado, que esta não é uma consideração crucial. “O que é mais
importante para a equipe é escolher um arranjo de pilotos que nos dará a melhor
performance e o potencial de corrida mais animador”, disse. “Existem algumas
questões em torno da publicidade e a Martini, mas se fosse o caso, tenho
certeza que a Martini iria entender a importância – se fosse o que
escolheríamos – de ter a melhor equipe para correr do que para anunciar”. ”Nós
iremos cruzar esta ponte caso tenhamos. Idade não é um fator em nosso objetivo
primário, que é escolher o melhor arranjo”, completou.
A Williams testou o
polonês Robert Kubica e o britânico Paul di Resta, de 32 e 31 anos,
respectivamente, como possíveis substitutos para Massa, que também continua na
cena mas deve sair. Kubica está fora do esporte desde que danificou
parcialmente seu antebraço direito durante um acidente de rali em 2011, mas
testou um carro de 2014 sem problemas. Di Resta, ex-piloto da Force India, é o
reserva oficial.
MÚLTIPLAS OPÇÕES
Outros estão sob
consideração, incluindo Pascal Wehrlein, de 23 anos e da Sauber. O alemão é
apoiado pela Mercedes, que fornece os motores para a Williams e é comandada
pelo ex-acionista da Williams e diretor Toto Wolff. Lowe também trabalhou com
ele na Mercedes antes de se juntar à Williams.
O jovem deve perder
seu espaço na equipe suíça para o campeão da Fórmula 2, Charles Leclerc, que é
um membro da academia de pilotos da Ferrari. A Sauber usa motores fornecidos
pela equipe italiana. Lowe disse que Wehrlein e outros continuavam na disputa e
que a Williams não está sob pressão para fazer qualquer anúncio, mesmo que
Massa queira uma decisão antes de correr em casa no Grande Prêmio do Brasil, no
mês que vem. O brasileiro se
despediu de fãs em São Paulo no ano passado, mas voltou quando Valtteri Bottas
deixou a Williams repentinamente para se transferir à Mercedes após o campeão
de 2016, Nico Rosberg, se aposentar.
Reuters