Eu me considero jornalista esportivo por desempenhar a prática por quase trinta anos , fiz TV Rádio Jornal e desde 2007 estou no web jornalismo , e toda vez que vem à baila o tema "de que nós da crônica" não devemos declarar o time para quem torcemos , eu mesmo sempre fui muito claro ao me dedicar torcedor do Grêmio FBPA . Mas temos um exemplo notável sobre o tema -
Autor do livro “Cruzeiro Tetracampeão Brasileiro 2014”, o jornalista Guilherme Guimarães contou que já sofreu a ira de alguns torcedores por expor seu time do peito. Ele também alertou para os profissionais que encobertam problemas do clube para qual torcem. “Já fui criticado, assim como vários outros jornalistas que revelaram ou tiveram revelada a sua preferência clubística.
No entanto, o que vale é se ater aos fatos, não deixar de publicar as informações da forma como elas se apresentam. Resumindo, não deixar de falar sempre a verdade. Atualmente, alguns profissionais escondem debaixo do tapete problemas do clube para qual torcem. Deixam de noticiar o que de fato é necessário.
E isso vai contra um dos princípios da profissão, que é a ética jornalística e imparcialidade”, avisou o cruzeirense Guilherme. Ana Carolina Silva, repórter da Gazeta Esportiva, alertou para o fardo que o profissional irá carregar durante a carreira caso revele para qual time torce. No entanto, a são-paulina destacou aquilo que geralmente faz a pessoa escolher o jornalismo esportivo: a paixão por um clube.
“É um risco e um peso extra que cada um sabe se está disposto a carregar ou não, por isso não vejo qualquer uma das duas decisões [revelar ou não o time] como um defeito do jornalista. É importante ressaltar que um profissional está mentindo se disser que não tem um time do coração. Nós entramos nessa barca da cobertura esportiva porque fomos apaixonados por um clube em algum momento da vida. Não há paixão pelo futebol de quem não seja torcedor.
Ninguém vira aviador por acaso, é preciso gostar de aviões e da ideia de voar”, afirmou Ana Carolina. Opinião da torcida O experiente professor de Comunicação Social Getúlio Neuremberg, de 46 anos, afirmou que o jornalista esportivo não deve declarar abertamente para qual time torce. Segundo Getúlio, a melhor opção para o profissional é deixar de lado a emoção clubística quando for atuar.
“Em geral, o jornalista esportivo tem que atuar como jornalista e esquecer seu lado torcedor quando está atuando na profissão. Essa mistura geralmente não é boa, na maioria das vezes, porque compromete a isenção e a credibilidade. Mas é preciso que o jornalista seja jornalista. É bom não misturar as coisas”, opinou Getúlio Neuremberg, que é torcedor do Cruzeiro.
Por outro lado, o jovem Daniel Henrique, 18, membro da torcida organizada do Atlético-MG, Galoucura, não vê problema. “Não sou contra.
Ele [jornalista] pode demonstrar a sua expressão futebolística, seu time de paixão. Acredito que não tenha nada a ver revelar o time que ele torce”, disse.