'Relatório bomba': STJD fecha investigação e pede expulsão do Inter do Brasileiro

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Resultado de imagem para INTER O STJD concluiu o inquérito que apurava as suspeitas de falsificação de documentos por parte do Internacional, no caso Victor Ramos. A Comissão que investigou o clube entendeu que dirigentes e advogados usaram e-mails adulterados para tentar provar sua tese. Uma das punições sugeridas pela investigação é a expulsão do clube do Campeonato Brasileiro. O relatório tem sido tratado nos bastidores do Tribunal como uma "bomba". 


O inquérito também sugere a suspensão de dirigentes. Entre as punições possíveis, estão o artigo 61 do Código Disciplinar da FIFA e o 234, da Justiça Desportiva Brasileira. A punição de expulsão está prevista na federação internacional como a mais grave possível para a infração de falsificação de documentos ou seu uso. Há também a possibilidade de o clube não poder contratar jogadores. No melhor dos casos, se a Procuradoria denunciar conforme o relatório indica, o clube pode receber apenas multa. Já o artigo 234 prevê suspensão de 6 meses até 2 anos. Estas seriam algumas das punições sugeridas aos dirigentes e advogados. Entre os apontados como culpados no relatório, estão o ex-presidente Vitório Píffero, e vice-jurídico, Gustavo Juchen. Mas o relatório também pede a condenação de advogados terceirizados do clube. 

 Durante todo o processo, o Internacional refutou com veemência que tenha adulterado os documentos. O clube também alegou que seus advogados foram impedidos de acompanhar a investigação e chegaram a ter um pedido de violação de prerrogativas avaliado pela OAB do Rio Grande do Sul. Em resposta, o STJD afirmou que o clube era investigado e não poderia ter acesso à íntegra das investigações. 


Relator 

Internamente, o relator do processo, o auditor Mauro Marcelo, tem sido exaltado pela profundidade de sua investigação. Ele teria ouvido diversos depoimentos, colhido provas técnicas, feito perícias. Ao todo, são três volumes de provas contra o Inter, afirmam. No início do mês, o auditor esteve em Porto Alegre para ouvir o Píffero e o vice-jurídico, mas ambos não foram ouvidos por terem outros compromissos. 

Na ocasião, o membro do STJD postou mensagens sugestivas em sua conta no Twitter, como comentários sobre o tempo nublado em Porto Alegre, com símbolos que faziam alusão à Justiça. Na imprensa gaúcha, Mauro Marcelo é apontado como "homem de confiança" de Marco Polo Del Nero por ele ter presidido o Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo, quando o presidente da CBF era presidente da Federação Paulista. O auditor nega que tenha intimidade ou que sofra influência do dirigente. 

 A íntegra do documento será divulgada pela imprensa na manhã desta quarta-feira. O relatório do inquérito será avaliado pela Procuradoria do STJD, que pode concordar ou não com os pedidos da investigação e encaminhar com seu parecer para julgamento final.

Gabriela Moreira, blogueira do ESPN.com.br