Eu estava lá trabalhando na cobertura do jogo pela Rádio Porta Voz de Cianorte ao lado de Airton Costa , Cláudio José Raimundo e Roberto Oliveira nós formávamos na época a equipe esportiva conhecida no noroeste do Paraná por "A Turma do Microfonão" da 780 khz . A noite de domingo estava começando e a aflição santista também.
Porém, o lance que elevou o atacante Túlio Maravilha ao posto de um dos principais jogadores que já vestiram a camisa do clube virou motivo para uma discussão eterna - e que abre a série "Apitei", que resgatará, pela visão dos árbitros, momentos polêmicos do futebol brasileiro. As câmeras mostravam o artilheiro em posição irregular, o que não impediu o árbitro Márcio Rezende de Freitas de validar o lance. O problema é que a redenção carioca era a derrota de uma geração que fez o torcedor voltar a acreditar no Santos. E um pequeno gesto pode ter influenciado a sequência de equívocos que vem à tona toda vez que os times se encontram: a polêmica de 1995.
Ao fim da primeira etapa, em um encontro naquele Pacaembu coberto por santistas, algo aconteceu. - No intervalo do jogo, o Narciso (zagueiro do Santos) veio me falar que o gol do Botafogo tinha sido impedido. Aí eu vi que meu bandeirinha ficou branco.
Eu meio que perdi a confiança nele. Passei a assumir mais os lances. Mas acabou tendo outro gol, do Santos, o de empate, que também foi irregular, e bem próximo do bandeirinha. Mas isso eu não vi, porque não tinha como ver.
Depois, fui assumir um monte pra mim e mandei o bandeirinha ir para o fundo. E a TV diz que o único gol legal foi anulado - lembrou o ex-árbitro Márcio Rezende de Freitas, que apitou a partida.