![[che+portero.jpg]](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2XQ7Gq30x585sFq2FNyH2NeiMb52DuVXMChFRL0OxKphCAKDfoOy6iQ_JGEHAhhNu5h1VzSoPj3WCc8j81_u4NOQJ5xjg5mONveyS1VPSpZ3OPchLDJ80bsTsqfCL5_z0ZDG5qtLYuEA/s400/che+portero.jpg)
HĂĄ uma faceta pouco conhecida de Ernesto Guevara de La Serna, o Che, polĂtico/guerrilheiro morto na BolĂvia . Como todo argentino, ele tambĂ©m gostava de futebol. Torcia para o Rosario Central, time da cidade onde nasceu, e idolatrava Alfredo Di StĂ©fano - o maior jogador argentino atĂ© o aparecimento de Maradona. TambĂ©m disputava umas peladas. Uma delas foi relatada por Che em seu livro "Notas de viaje", que conta suas aventuras ao lado do amigo Alberto Granado, em 1952, quando foram de Buenos Aires a Caracas de moto, caronas e embarcaçÔes.
O brasileiro Walter Salles Junior transformou a histĂłria em filme, "DiĂĄrios de motocicleta". Sabendo da fama que os argentinos tinham na AmĂ©rica do Sul de grandes jogadores, naquela Ă©poca (prĂ©-PelĂ©), os dois amigos se apresentaram aos moradores da cidade de Leticia, na regiĂŁo amazĂŽnica da ColĂŽmbia, como tĂ©cnicos de futebol. O golpe deu certo e, como precisavam de dinheiro, aceitaram comandar o time local, o Independiente Sporting Club, num torneio. Para completar, Che (24 anos na Ă©poca) assumiu o GOL e Granado (30 anos) tornou-se centroavante, ganhando o apelido de "Pedernerita" - referĂȘncia a Adolfo Pedernera, grande astro do River Plate que, naquele ano de 1952, estava justamente na ColĂŽmbia, junto com Di StĂ©fano, defendendo o Millonarios (esse mesmo que venceu o SĂŁo Paulo). Na decisĂŁo do tal torneio, Granado fez o gol da vitĂłria e Che defendeu um pĂȘnalti, garantindo o tĂtulo.
Foram carregados em triunfo e conseguiram, com isso, o dinheiro e os suprimentos necessĂĄrios para seguir viagem. Quando chegaram a BogotĂĄ, tiveram um encontro com o Ădolo Di StĂ©fano, no restaurante La Saeta Rubia. O famoso jogador descolou dois ingressos para os viajantes assistirem o Millonarios num amistoso internacional contra o Real Madrid. Che nĂŁo sabia, mas o Real estava contratando Di StĂ©fano. Que, por sua vez, tambĂ©m nĂŁo sabia que ali em sua frente estava o futuro "maior polĂtico argentino do sĂ©culo 20", segundo recente pesquisa no paĂs de Juan PerĂłn. Depois que Che triunfou com Fidel Castro na revolução de 1959,
Granado foi viver com a esposa em Cuba. Ele conta que, em 1963, mais de dez anos apĂłs a aventura futebolĂstica na ColĂŽmbia, Che, a essa altura ministro da Economia, aceitou participar de uma pelada. Diz Granado: "Quando Ernesto estava no gol, era um legĂtimo goleiro. Enfrentamos uma equipe de futebol da universidade de Santiago de Cuba, que era treinada por Arias, um espanhol. Arias recebeu a bola e avançou, mas Che saiu do gol e se jogou em cima dele. NinguĂ©m imaginava que o ministro ia se atirar aos pĂ©s de alguĂ©m por uma bola. Mas ele era assim...". A foto que ilustra o post Ă© desse dia e mostra Che, Granado (de bigode) e outros que disputaram a pelada.
CONTEĂDO :
Futepoca