Depois do impasse na Justiça, que proibiu e mais tarde autorizou a realização do amistoso entre Brasil e Inglaterra, no Maracanã, no próximo domingo, às 16 horas, o governador do Estado do Rio, Sérgio Cabral, prometeu nesta sexta-feira "total segurança para a população dentro do estádio e no entorno".
Segundo o governador, um problema "meramente burocrático" levou a decisão liminar de suspender o jogo, revogada na noite desta quinta-feira, apenas algumas horas depois de ter sido anunciada.
"Havia a necessidade de enviar uma informação atualizada sobre as condições do estádio, o que foi feito. O MP (Ministério Público) se achou na responsabilidade, que não é dele, de cobrar. Mas é o representante da população e está dentro do seu direito. Teremos um jogo extraordinário, absolutamente seguro e com conforto para a população", disse Sérgio Cabral.
Ao lado do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o governador visitou o Centro Integrado de Comando e Controle, onde funcionarão em conjunto serviços das policiais estaduais, federais, das Forças Armadas e do Copo de Bombeiros. Uma área do centro foi reservada para funcionar provisoriamente, o Comando Nacional de Controle, até que fique pronta a sede em Brasília. O local será usado durante a Copa das Confederações, marcada para acontecer no Brasil entre os dias 15 e 30 de junho.
Na noite da última quinta, a juíza Gracia Cristina Moreira, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), autorizou a liberação do Maracanã para o confronto entre brasileiros e ingleses. Antes, a procuradoria do Estado recorreu da liminar concedida na tarde de quinta, que interditava o estádio por falta de segurança para o torcedor.
A decisão anterior pela interdição partiu de uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual. O MP-RJ pedia a suspensão do jogo para "garantir a segurança" dos torcedores até que fossem apresentados laudos técnicos que comprovassem as condições do estádio para sediar jogos e eventos.
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