Espanha avalia formação tática contra Itália na final da Euro

A Espanha não chegou a uma terceira grande final consecutiva preocupando-se demais com seus oponentes, mas a partida decisiva de domingo pela Euro 2012 contra a Itália poderá dar ao técnico Vicente Del Bosque alguns motivos para coçar o bigode.

A influência de Andrea Pirlo na campanha da Itália para a final significa que a Espanha sabe que terá que restringir o tempo dele com a bola e assegurar a marcação dos atacantes italianos de forma mais pressionada do que muitos outros times fizeram durante o torneio.

O único gol que a Espanha sofreu aconteceu quando Pirlo brevemente escapou do foco de seus oponentes no meio campo e tocou para Antonio Di Natale. O italiano também participou da maioria dos ataques da Itália no torneio.

Del Bosque começou sem um atacante de ofício quando os times se enfrentaram na fase de grupos, enquanto a Itália lotava o meio-campo no sentido contrário, com três zagueiros.

Cesare Prandelli posteriormente parou de usar essa formação e foi recompensado com uma solidez defensiva que deu a Pirlo e aos outros tempo e espaço para operar.

A Espanha fez pouco progresso com o meia Cesc Fabregas atuando mais avançado e depois que a equipe se animou com a entrada do atacante Fernando Torres, Del Bosque variou entre as duas formações ao longo do torneio.

Exceto pelo gol da Itália, o goleiro da Espanha Iker Casillas mal foi testado. Essa sólida fundação dá a Xavi, Xabi Alonso, Sergio Busquets e o notável Andres Iniesta a confiança para jogar um futebol de muita posse de bola que tem funcionado tão bem nos últimos quatro anos.

Com Torres ainda mostrando apenas flashes de seu antigo desempenho, Del Bosque pode voltar à formação com Fabregas, talvez encorajando o meio-campista a operar de forma mais ambiciosa do que na partida da fase de grupos. 

FONTE REUTERS