Venda de álcool nos estádios fica restrita ao período da Copa

A liberação da venda de bebidas alcoólicas em estádios durante a Copa do Mundo, que foi incluída no texto da Lei Geral da Copa, não valerá para partidas fora do torneio. Relator do projeto, o deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) era defensor da ideia, mas desistiu da mesma após reunião com o Governo Federal na última terça-feira. Em janeiro, durante visita a São Paulo, Cândido chegou a afirmar que a venda de álcool nos estádios brasileiros seria permitido já a partir deste ano.




Vetada pelo Estatuto do Torcedor, a venda de bebidas alcoólicas é um tema de gera discussão no governo. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, já deu declarações a favor da liberação. Posição diferente da do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que afirmou em dezembro ser “totalmente contra” a liberação.
Quando afirmou que a venda de bebidas alcoólicas seria liberada a partir de março, Vicente Cândido disse que havia se reunido com Padilha e o convencido. O iG apurou que a declaração irritou o ministro.
O governo comprou a briga de Padilha e após uma reunião na ultima terça-feira entre Cândido, o deputado Renan Filho, presidente da comissão que debate a Lei da Copa, e a ministra-chefe da secretaria de Relações Institucionais Ideli Salvatti foi definido que não haverá alteração no Estatuto do Torcedor. Com isso, a venda de cerveja, de uma marca que é patrocinadora da Fifa, será liberada apenas durante a Copa das Confederações, em 2013, e na Copa do Mundo de 2014.
“O Ministério da Saúde mantém a mesmo posição defendida em dezembro. Mas o ministro não se pronunciará, já que respeita a discussão no Congresso sobre tema”, afirmou a assessoria de imprensa do ministro. O Ministério da Saúde confirma que Padilha esteve com Cândido e o diretor de seleções da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Andrés Sanchez em janeiro, mas informa que o tema da reunião era a adesão dos clubes à campanha de doação de sangue.


Já Vicente Cândido afirmou por meio da sua assessoria de imprensa que não se pronunciará sobre a Lei Geral da Copa até a próxima semana, quando o texto deverá ser analisado e votado pela comissão.

FONTE IG