Os jogadores da seleção italiana foram recebidos com vaias e em meio a gritos de "vergonha" por um pequeno grupo de torcedores em sua chegada ao aeroporto romano de Fiumicino, apĂłs a eliminação na primeira fase da Copa do Mundo da Ăfrica do Sul.
A passagem dos jogadores e comissĂŁo tĂ©cnica pelo aeroporto, transmitida pelo canal de televisĂŁo SkyTG24, aconteceu por volta das 8h locais (3h de BrasĂlia) deste sĂĄbado.
Em silĂȘncio, com rostos sĂ©rios e tensos, alguns jogadores deixaram o terminal protegidos por um cordĂŁo policial, enquanto os demais prosseguiram atĂ© MilĂŁo, no norte do paĂs.
Entre os que concluĂram sua viagem em Roma estava o capitĂŁo Fabio Cannavaro, um dos principais alvos das crĂticas dos torcedores, que gritavam "vĂĄ para Abu Dhabi", em referĂȘncia ao contrato assinado pelo defensor com o Al Ahli para as duas prĂłximas temporadas.
Um dos poucos que falou com a imprensa, o meia-atacante Simone Pepe criticou a capa do jornal il Giornale, de propriedade da famĂlia Berlusconi, que estampou 11 caixĂ”es azuis em um campo de futebol apĂłs a derrota italiana para a EslovĂĄquia por 3 a 2.
"Quem aqui escreve para il Giornale? Não hå ninguém. Por terem colocado esses caixÔes na capa, parece que são coveiros", afirmou, dizendo que o jornal "se excedeu".
Em sua chegada à Roma, Pepe disse que os jogadores compartilham um sentimento de grande "amargura", acrescentando que a campanha italiana na Copa foi uma "tragédia esportiva".
O atacante Fabio Quagliarella, um dos destaques do jogo contra a EslovĂĄquia, disse que preferia ver a ItĂĄlia classificada sem que tivesse a oportunidade de jogar. "Todos fazemos um 'mea culpa', pedimos perdĂŁo, e esperamos que no futuro a ItĂĄlia esteja mais forte", declarou o jogador.
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