Coluna Coisas do Esporte por Marcão do Cartório


COISAS DO ESPORTE (nº 23)
Escrito por Marco Antônio de Paula Franco (Marcão do Cartório), e-mail:
http://bmail.uol.com.br/compose?to=cartoriomori@hotmail.com

Obina sai vaiado do Flamengo e chega aplaudido ao Palmeiras:
MELHOR QUE ETO’O? OBINA MARAVILHA!
Da brincadeira com o camaronês à comparação com o Fio.



Olhando daqui de Cianorte o Obina não é melhor do que o Eto’o, o camaronês, artilheiro do Barcelona.
As imagens que o satélite tem mandado devem estar chegando adulteradas: no Rio ele era melhor.
E agora, sabe-se, em São Paulo, também!
Falando sério de algo que nunca foi, nem é, sério, Manuel de Brito Filho, 26 anos, 1,85 m de altura, baiano de Vera Cruz, chegou ao Palmeiras, nesta semana passada, e já estreou – sem gol, por sinal – frente ao Nacional do Uruguai, pela Taça Libertadores da América.
De quando era melhor que o Eto’o, Obina traz grandes recordações: de modesto jogador do Vitória-BA, fez extremo sucesso no Flamengo, ao ponto de o torcedor exigir em unanimidade – bem disse Nelson Rodrigues que toda ela é burra – que entrasse em caso nas centenas de vezes que esquentou o banco de reservas.

É certo que nos últimos tempos o mesmo torcedor mudou de opinião, e o trouxe para posição inferior ao craque catalão; aliás, aquém também de todos os outros centroavantes da linha do equador para baixo.
Nem Márcio Machado conseguiu rebaixar-se tanto.
Além de tudo, inclui-se aí o futebol, ou falta dele, o ex-festejado atleta não faz gol desde os tempos do Don Don, que jogava no subúrbio do Andaraí. Dezembro de 2.008, para ser mais exato.
E o brasileiro que não desiste nunca, do Lula, travestiu-se de verde, na última Quinta, no Parque Antárctica, para saldar o Fio Maravilha, digo, Obina – os leitores mais experientes sabem de quem estou falando; Fio fez tanto sucesso no Flamengo que inspirou Elza Soares a compor o – aí você sabe, eu sei – impagável “Fio Maravilha Nós Gostamos de Você”; se não foi a Elza perguntem para o Magno Moreira ele sabe, também isso.
Assim como o Fio não foi Maravilha, o Obina não merecia tantos aplausos. Uma pedrinhas, com todo o respeito, talvez!

A pergunta que fica é em quanto tempo o torcedor palmeirense vai descobrir o verdadeiro jogador que trouxe do Rio. Os lentos flamenguistas demoraram prá caramba. Mas, pelas vaias do último jogo, do time da Gávea, contra o Santo André, na sua substituição na metade do segundo tempo, não deixaram dúvidas, de que o bíblico antes tarde do que nunca tinha chegado.
Nos tempos do Don Don este tipo de jogador era chamado de Bonde. E perguntado sobre sua conduta dentro das quatro linhas respondia-se, tal qual no telefonema mal endereçado: “foi engano...”
Resta, agora, ficar de olho na sua conduta no Palmeiras, que pode, porque não?, resultar numa reedição da comédia que foi a passagem dele pelo Flamengo.
Ou até que algum engraçadinho diga para algum palmeirense incauto: telefone prá você...

Em 1.980 quem dava as cartas no futsal cianortense era o time do Jaime Despachante.
De pé, da esquerda para a direita: Jaime Viviani, o dono do time e craque da época; Jair Gordo, ex-treinador de goleiros do Paraná, Coritiba e Cruzeiro; Deíca, o melhor jogador amador da história do nosso futebol de campo, também fera com a bola pesada; o falecido Kojac e Japonês. Agachados, na mesma ordem: Zabrinha, há muitos anos nos EUA; Dedinho, o meu amigo que na época era o Cícero, ou Cirso, como o chamava o João Bola; o falecido Kojac; Cléber, o habilidoso Clebinho da AABB e Silva.

O TIME DO JAIME DESPACHANTE: O MELHOR DA ÉPOCA

O FUTSAL de Cianorte foi muito forte, nos anos 70 e 80. Destaques, na época, para o Auto Peças Pérola, o Bradesco, e este time aí da foto, o Jaime Despachante. Os saudosistas citam aquele tipo de jogo, com fórmula bem diferente da atual, como o melhor da bola pesada. A verdade é que havia muito mais emoção, fruto do contato maior empregado na disputa. Houve uma época, inclusive, num aniversário de Cianorte, que a seleção local venceu o Corinthians de São Paulo por incríveis 3 x 0. Aliás, se alguém tiver algum material daquela partida que nos faça o favor de procurar no jornal, ou mesmo no Cartório Mori. A nossa história vai agradecer.