Romário completa 43 anos ainda sem "rumo certo"


A hora de pendurar as chuteiras costuma ser uma dificuldade para os jogadores de futebol. Em muitos casos, os atletas não têm um "plano B" e demoram a encontrar uma nova função profissional. Completando 43 anos nesta quinta-feira e já há mais de um ano sem atuar como jogador, Romário é mais um ex-atleta que se enquadra neste perfil.

A última partida de Romário dentro de campo foi no dia 3 de novembro de 2007 - derrota do Vasco por 2 a 1 para o Internacional, a quinta e derradeira após seu gol mil contra o Sport, em maio. Desde então, como ex-jogador, esteve envolvido em uma série de atividades das mais distintas.
Indicado pelo governador Sérgio Cabral, em maio de 2007, como embaixador do Rio de Janeiro para a Copa do Mundo de 2014, desde então Romário pouco se envolveu com os trabalhos para o Mundial.

Em novembro do mesmo ano, ainda esteve com a comitiva que foi até a sede da Fifa, em Zurique, para o anúncio oficial do Brasil como sede, mas afirmou à época que "ainda pensaria em planos para 2014".
Romário também tentou a sorte como treinador à frente do Vasco, já em 2008. Indicado o comandante do clube para a temporada, em uma comissão conjunta a Alfredo Sampaio, durou apenas seis partidas no cargo. Uma divergência com o então presidente Eurico Miranda, na hora de escalar a equipe, o fez entregar o boné em São Januário.

Enquanto Eurico queria que Alan Kardec fosse escalado, Romário quis Abuda. Indignado, deixou o clube: "meu ciclo no clube acabou", disse à época. Em seis jogos no Campeonato Carioca, somou quatro vitórias e duas derrotas.
Ainda longe do futebol, Romário também tentou explorar sua imagem ainda expressiva em outras áreas. Nos últimos meses, lançou um blog na Internet e promoveu um DVD com dezenas de seus gols e algumas entrevistas.

Nesta quinta, reportagem do jornal O Dia trouxe o presidente do América, Ulisses Salgado, afirmando a intenção de convidar Romário para uma parceria que tire o clube do atoleiro. Rebaixado à segunda divisão estadual e com o futebol profissional extinto por um período, o clube vermelho vê no ex-jogador uma possível solução.

O elo principal entre Romário e América foi "seu" Edevair, falecido em maio do último ano. Pai do atacante e americano fanático, ele sonhava em ver o filho defendendo as cores do clube, o que nunca aconteceu. Talvez esteja aí um possível rumo para a carreira profissional do herói do tetracampeonato.

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