Incumbido de devolver o São Caetano à elite do futebol brasileiro, o técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, 52 anos, revelou em entrevista ao Diário a decepção com os bastidores do futebol brasileiro. O treinador disse que passou a se conhecer melhor depois que começou a exercer a função, há 16 anos. Avaliou que o futebol é hoje um "mercado" e afirmou ter conhecido pessoas que foram atuar em outras modalidades esportivas por decepção na carreira. Falou ainda das implicações da profissão na vida particular e no ambiente familiar.
Responsável pelo retorno do Vitória (BA) no ano passado à Série A do Campeonato Brasileiro e por revelar jogadores como Rivaldo, Leto, Capone, Edu Dracena e Kaká, Vadão lamentou a saída precoce de jovens talentos brasileiros para o Exterior e defendeu mudanças na Lei do Passe, que para ele acabou com o caráter social da formação de jogadores.
Para o treinador do São Caetano, as conseqüências das mudanças na lei já são sentidas dentro e fora de campo. "A gente fabrica e exporta jogador. Com o nosso café também é assim. Mandamos o melhor para fora e tomamos o café ruim."
Ex-jogador - atuou em clubes como Araçatuba, Paulista de Jundiaí e Noroeste - e formado em Educação Física, antes de iniciar a carreira de treinador, Vadão trabalhou como preparador físico, com passagens pela Portuguesa, Ferroviária, Mogi Mirim e Bragantino, entre outros.
Vadão iniciou a carreira de técnico em 1992, no Mogi Mirim. Naquele ano montou a equipe que ficou conhecida como Carrossel Caipira, que tinha em seu quadro jogadores como Rivaldo, Leto e Válber. Ele ficou no clube até 1994 e conquistou, entre outros títulos, o vice-campeonato do torneio João Havelange e o Paulista da Série A-2. Em 1995, comandou o Guarani e, no ano seguinte, foi campeão brasileiro da Série C pelo XV de Piracicaba.
Experiente, Vadão já dirigiu diversos clubes no País e colecionou títulos. Em 2000, por exemplo, foi campeão paranaense com o Atlético-PR e, no ano seguinte, do torneio Rio/São Paulo pelo Tricolor do Morumbi.
Vadão também teve uma breve carreira internacional. De agosto a dezembro de 2005, dirigiu o Tokyo Verdy (Japão). Entre maio e junho de 2008, comandou o Goiás, na Série A do Campeonato Brasileiro. Após dois meses parado, foi convidado a trabalhar no São Caetano. Leia os principais trechos da entrevista a seguir.
Leia a entrevista no Jornal Diário do ABC na íntegra no link abaixo
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