Pequim 2008 - Volei feminino embarca com o sonho do ouro olímpico


Foi com esperança e muita fé que o técnico da Seleção feminina de vôlei, José Roberto Guimarães, disse estar embarcando ontem para o período de aclimatação no Japão. Voltar de Pequim com uma medalha olímpica é ponto de honra para a equipe, que há quatro anos, com outra formação, viu a final escapar por entre os dedos e acabou ficando fora do pódio.

treinador não quis nem mesmo conversar sobre o valor do prêmio antes dos Jogos com a CBV, que durante a Liga Mundial revelou que dará uma premiação de R$ 4,7 milhões pela medalha de ouro, para o time masculino.

"Não quero nem conversar. Prefiro jogar e deixar acontecer. Vamos jogo a jogo e mais à frente a gente discute isso, se ganhar. Sei que se a gente merecer eles vão dar a premiação. Estamos focados em tentar a medalha", afirmou Zé Roberto. O fato de sua equipe ter viajado na classe econômica e os campeões olímpicos de primeira classe não o incomoda.

"É um direito adquirido. Foi o acordo feito. Caso o time masculino ou feminino ganhasse o ouro em Atenas, haveria essa diferença. Eles ganharam, nós não. Precisamos chegar onde eles chegaram. Ainda estamos atrás e precisamos mostrar que podemos mudar de classe".

Ao contrário de Bernardinho, que vive um momento novo, de dúvida, depois das duas derrotas nas finais da Liga Mundial, Zé Roberto chegará à Olimpíada com um pouco menos de pressão, pelo título no Grand Prix.

"Foi bom ter ganho o Grand Prix, mas o objetivo era treinar bem, e nós conseguimos cumprir o planejamento. Não estamos mais tranqüilos por isso porque a responsabilidade existe. Com relação ao que aconteceu na Liga, foi um acidente de percurso e ainda há tempo para reverter o quadro.
A Seleção tem ótimos jogadores e uma comissão técnica capaz, que sabe como mudar a situação. Não tenho dúvida de que foi uma coisa passageira e que na Olimpíada a história será diferente".
O desafio em Pequim, segundo Zé Roberto, será manter o grupo focado e concentrado. Antes da estréia, ele tenta marcar amistosos com Japão, EUA e Polônia.

Comentários