A 40 dias da data prevista para começar, o Campeonato Paranaense corre risco. O problema é a acefalia da federação, que já compromete a organização do estadual. A nova diretoria, empossada por liminar, vê ex-diretores que ocupavam cargos de decisão ir embora e não demonstra ter quadros para substituir os que estão saindo. Nesta quinta-feira, a debandada atingiu o quadro de arbitragem. O presidente da Comissão Estadual de Árbitros de Futebol (CEAF), Afonso Vítor de Oliveira, entregou sua carta de demissão. Antes, já havia saído Almir Zanchi, que ocupava o cargo de diretor de futebol da entidade. Até agora, esse cargo segue vago. Trata-se de uma função intimamente ligada à organização dos campeonatos, sobretudo o estadual - o carro-chefe dos torneios promovidos pela FPF.Um funcionário graduado da FPF, que pediu para não ser identificado, comentou que a acefalia da federação é geral. "Até o TJD está com problemas. Não tem dinheiro para nada. Daqui a pouco vai faltar até papel", diz. O novo presidente, Hélio Cury, às voltas com a devassa que a Operação Cartão Vermelho faz na entidade, ainda não tomou providências efetivas para resgatar o prestígio de seu principal produto, o Campeonato Paranaense.Uma evidência disso é que a reunião para definir a transmissão do estadual pela TV ainda não foi marcada. No dia 7 de novembro ocorreu o arbitral financeiro e ficou acertado que um novo encontro definiria se os clubes aceitam ou não as propostas das emissoras. A mais interessante é a feita pela Rede Record, que estaria oferecendo R$ 2,5 milhões. Pela proposta inicial, Atlético, Coritiba e Paraná receberiam cota única de R$ 350 mil e as demais 12 equipes ficariam com R$ 111,5 mil. Recentemente, Hélio Cury teria tido uma audiência particular com o diretor de marketing do Atlético, Mauro Holzmann, e pedido a ele para ajudar nesta negociação com as TVs. Se for verdade, fere-se o direito de eqüidade entre as equipes, já que o Rubro-negro, na primeira reunião, reivindicou cota diferenciada.Outro problema que compromete o estadual é a agora acefalia na comissão de arbitragem. Afonso Vítor planejava uma pré-temporada com os árbitros, o que não vai ocorrer mais. "Teremos árbitros apitando fora de forma e vão se repetir aqueles problemas de erros de arbitragem", alertou o ex-árbitro Valdir de Córdoba Bicudo, em entrevista nesta quinta-feira à Rádio CBN.A organização do estadual também passa por decisões judiciais. O ex-ocupante do cargo de presidente, Aloísio Ferreira, recorreu para reaver a função. Se a Justiça cassar a liminar que sustenta Hélio Cury no cargo, volta tudo à estaca. Quem pena com isso é o pobre Campeonato Paranaense, previsto para começar dia 9 de janeiro.
fonte - http://www.futebolpr.com.br/
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